Liderado e idealizado pelo “escultor do vento” Carlos Malta, o grupo parte do legado das tradicionalíssimas bandas de pífanos em direção a uma sonoridade bem particular, que evidencia a influência contemporânea e urbana de seus integrantes. A música do Pife Muderno se dá através da prática virtuosa de seus músicos, o resultado é uma música contagiante, que faz com que as pessoas dancem e se emocionem.

Assim como as tradicionais bandas presentes sobretudo no nordeste do Brasil, o grupo carioca é formado apenas por sopros e percussões, mas, diferente do que manda a tradição, são incluídos instrumentos que não fazem parte do universo das bandas de pífanos como o sax, a flauta transversa, a flauta baixo e o pandeiro grave, o que imprime uma sonoridade única ao grupo. Dessa maneira a tradição e o regionalismo andam de mãos dadas com a modernidade e a universalidade.

Carlos Malta (flautas uruá, pifes, di-zi, flautas baixo, em dó, sax soprano, arranjos e direção musical), Andrea Ernest Dias (pifes, bansuri, flauta baixo em dó e em sol), Marcos Suzano (pandeiro), Bernardo Aguiar (pandeiro), Durval Pereira (zabumba e pandeiro) e Oscar Bolão (caixa, pratos, agagô, triângulo, e pandeiro) celebraram em 2015 vinte anos do Pife Muderno. Nesse tempo já estiveram passeando pelo mundo, dando aulas e se apresentando em universidades como University of Florida (EUA), Aarhus Royal Academy of Music (Dinamarca) e templos da música como Forbidden City Concert Hall (China) e, ao lado de Gilberto Gil, no lendário Carnegie Hall (USA). Percorrendo o Brasil e o mundo estiveram em inúmeros festivais e escolas de música apresentando a concepção única da banda. Yamandú Costa, Moraes Moreira e Lenine são alguns dos artistas que dividiram o palco com o grupo.

Se apresentaram com a Orquestra Petrobras Sinfônica do Rio de Janeiro e a Banda Sinfônica do Estado de São Paulo em uma inusitada suíte composta por Carlos Malta, que junta a precisão musical erudita com a espontaneidade musical popular, em um concerto inspirado nos elementos primitivos presentes no planeta como água, fogo, vento e ar.

Carlos Malta e Pife Muderno é um projeto que cativa tanto o público de casas de show interessado em dançar, como o público de teatros interessado em sentar e apreciar a musicalidade única do grupo.